segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Termina o dia

Termina o dia. Mais um dia. Mais um. Dia. Foda-se.

Já se foram três desde que nos ligamos, nos amamos e brigamos. É um vício. O telefone me aproxima de ti, mas você me afasta. Cala a boca! Meus pensamentos me matam. Minha esperança se renova a cada viagem do meu pensamento, lembrando as viagens que fizemos juntos.  Lembrando nossa vida juntos. De que adianta eu lembrar, se você não lembra?

Eu nem consigo mais chorar. Olha! Nem uma lágrima. Pra quem antes chorava por tudo, parece bom se controlar, mas não é. Está vendo? A falta de lágrima significa desistência. Significa cansaço. Eu me esgotei.

Termina o dia. Nosso tempo termina.

Lembra a vida perfeita? Os filhos? Os planos? O sorriso sincero de bom dia, o beijo gostoso de boa noite? Levaram de nós. O tempo levou de nós. Você arrancou de nós. Quando? Quando desistiu de insistir em mim, quando desistiu de me ligar, de perguntar se estou bem. Quando desistiu de fazer questão de falar comigo. Quando não se importou em me desejar um bom dia, ou boa noite. Quando não era sua prioridade me ver feliz.

Implorar seu amor. Eu não sou capaz de fazer de novo.

A culpa é sua. Sua fraqueza me mata, me tortura.

Mas eu amo. Não nego. Eu penso. Eu sonho. Eu passo a noite vendo nossas fotos. E me perguntando: Por quê? Por quê? Por quê? Por que desse jeito? Onde está aquele amor perfeito? A distância arrancou de nós. E você deixou que ela levasse.  

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