segunda-feira, 16 de julho de 2012

Desilusão

Para ela o amor é patético.
Não sabe onde está todo aquele encanto predito em livros.
Não vê graça em se sentir segura nos braços do outro,
de andar de mãos dadas,
de falar como uma criança retardada 
um eu te amo todo melado.
Não quer sentir nada disso.
Acha nojento o quanto homens conseguem ser falsos,
figem tão espontâneamente que dariam a vida por uma garota,
mas elas não sabem que é, literalmente, por qualquer garota.
Não existe nenhuma especial,
só existe aquela que cairá no encanto das suas doces palavras
e à este sentimento tolo dará o nome de amor.
Ela vê velhos nojentos jogando, o que eles acham que é charme,
para garotinhas mais novas,
pobres garotas que se derretem por qualquer elogio de bêbado.
Ela foge do amor como o diabo da cruz.
Ela sabe que pobres almas amantes sofrem.
E ela não quer isso, definitivamente não.
Entre sofrer por um, que ama todas,
e sofrer por um que não a ama,
ela prefere não sofrer.
E o segredo para isso é, simplesmente,
não amar.

Monique Carvalho

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