quinta-feira, 24 de junho de 2010

Infância


Sentir novamente meus pés pisando na grama misturada a lama, sentir o vento batendo nas folhas das árvores, e em meu rosto, trazendo consigo o mesmo aroma da infância sofrida, porém inesquecivelmente gostosa.

Foram-se os tempos em que todos se juntavam ao redor da fogueira para contar histórias de terror e acabavam adormecendo sob barracas improvisadas de lençois velhos, ou que corriam para o rio com os pés descalços para tentar pescar com as mãos sem nenhum sucesso.

Não tínhamos dinheiro, mas tínhamos uma vaca e uma horta, isto já nos era o bastante. Janete não era muito bonita, mas seu leite nos sustentou por anos e anos. Agora eu procurava por ela, mas Janete não estava mais lá. O tempo passou e Janete passou com ele.

Havia crianças por perto, perguntei se sabiam quem estava morando na minha antiga casa agora. Não havia ninguém.

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